Nova casa:

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É preciso ser humano para entender. Ser gente de verdade, ter carne e osso e: coração. Um que bata no compasso de um outro, não gélido demais para ser tocado.
Para entender que dói ser tocada de novo. Dói como se fosse da primeira vez, mesmo que não se lembre dela.
É assim. Eu digo que.

Amor.

Frio na barriga; calor.
Vontade de ir; voltar.
Saudades de tudo; futuro.
É quando você chega em casa e sente tudo isso junto, em um turbilhão de emoções vertiginoso. Não posso dizer nada, mas você entende o meu silêncio.

Sinto dentro de mim algo grande demais para ser descrito. Um amor grande demais para ser narrado. Grande demais.
Não tem nada a ver comigo, nada a ver. Mas eu o amo. Amo as diferenças, não tenho preconceitos.
Li textos velhos e lembrei como eram bons aqueles tempos. As coisas eram mais fáceis, o mundo girava mais devagar.
Agora é tudo tão rápido que eu não tenho tempo de me organizar antes de fazer qualquer coisa. Não tenho tempo de pensar.
Só de fazer.
E na maioria das vezes me arrepender.

Estava quase lá quando me veio aquela idéia- e se. Meus ossos sentiam o frio do vento que batia contra o meu rosto. Meu sangue estava congelado pelo amor que sentia.
E o calor, cadê? Faltam as palavras, os gestos, as flores. Falta tudo que perdi e não sei aonde achar.
Talvez esteja junto ao meu coração, que bate apertado em um dos seus bolsos.

Tristeza.

Eram figuras geométricas perfeitas. Eu, você e o amor que consumia tudo. Eu fiquei quieta quando alguém gritou que tudo estava desabando. Fiquei encolhida quando alguém gritou que o fim estava chegando. Chorei e gritei quando você sussurrou que o amor havia acabado.

Então eu choro. Como o impossível consumindo minhas vísceras, eu espero o tempo em que tudo não passará de uma lembrança apática.

Mas agora, agora ainda é cedo demais para qualquer conclusão. Os dias de confusão esses em que eu eu não a qual lugar pertenço.