Minha felicidade proibida, querida busca sem fim, razão da minha existência.
Não espero mais a muito tempo, ficar sentada achando que as coisas vão cair do céu no meu colo é uma ilusão que eu já deixei ir embora há anos.
Enfim cansei de buscar. Cansei de sair de casa sem rumo, só pedindo com todas as forças que ainda me restam que dessa vez, finalmente, as coisas dêem certo. Não é inferno astral, não é destino, não é um susto seguido por surpresas maravilhosas. As coisas não foram feitas para serem assim, a minha vida está toda errada, a pilha do controle remato acabou.
Um espelho deturpado me impedindo de ver os monstros que me acompanham aonde quer que eu vá.
Um manual de instruções errado que não me ensina como viver decentemente nesse mundo ridículo.
Quero colo, quero ajuda, quero respostas para as perguntas que não vão embora nunca.
Eu poderia esquecer de tudo, mas isso não seria justo com as cicatrizes passadas. Se sofri o que sofri deve existir uma razão por aí, escondida nas entrelinhas. Não tem outra maneira se não procurar. Colocar o sofá de cabeça para baixo, olhar embaixo da cama, jogar no chão todas as cartas do passado.
De fato eu enchi o saco. De tudo. Do barulho dessa avenida, do calor dessa cidade, dos amigos que não param de me ligar, dos amores que não param de sumir.
De saco cheio de todos.
TODOS.
Enclusive de mim mesma.
N.
Friday, March 11, 2005
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