A pessoa mais paranóica do mundo, muito prazer.

O céu amanhece sem sol, é melhor não sair de casa afinal vai chover e eu ficarei presa em algum lugar sujo com gente idiota.
Talvez? Então é melhor eu desistir, talvez é um não na linguagem daqueles que não tem coragem.
Três segundos sem responder? Merda, ele me acha uma imbecil.

Qualquer coisa se tranforma em tudo nas minhas mãos. Minha cabeça encanada torna o bom em normal, o normal em ruim e o ruim em pior ainda. Dentre tantas capacidades essa se sobressai a mais patética e insegura.
Também a pessoa mais insegura do mundo, muito prazer.
As nuvens vão sempre existir. Mesmo com o céu limpo e o sol brilhando lá no alto, eu saboto os dias bonitos. Medo de ser feliz por completo e não ter o que querer, ou pelo o que chorar. Seria uma vida chata e sem graça, mas esse é o tema da coluna que eu escrevi ontem.
As pessoas ficam mais bonitas com lágrimas nos olhos do que com sorrisos imbecis na boca. O meu gosto pela melancolia foi o que desencadeou a minha infelicidade constante.
Mas agora a alegria venceu e eu queria ter um sorriso imbecil na boca e uma felicidade plena sem nada à almejar.
Sim, eu quero ser feliz.
Só não sei por onde começar.

N.