Então eu esperava o ônibus. Escaldada pelo sol quente, o suor molhando a minha roupa. O metrô era uma opção mas eu, não conhecendo aquele bairro, prefiri ficar em cima da terra onde podia observar exatamente para onde estava indo.
Mas na verdade eu não tinha rumo naquela tarde. Pseudo-escritora, poucos anos de vida, sem conhecimento algum em exatas. O mundo girando, a minha vida também e nada parecia me dar direções para onde correr. Aqueles todos pensamentos embaralhados, aquelas todas lembranças sufocando-me e de repente a única vontade é sair e ir em frente, só isso.
Conversava com Henry. Ambos perdidos, sem a menor idéia de como sair daquele bairro estranho onde pessoas de cintos de oncinha e sapatos caros não eram bem vindas.
Assim, encontrava-me no ponto de ônibus. Vermelha, suada e não mais perdida. Vila Gomes, Rebouças, casa. Mas quem disse que eu chegaria logo em casa? São Paulo funciona o dia inteiro, mas isso não quer dizer que seja rápido. É tudo devagar, quase parando. E para ajudar, tudo lotado.
O caos de fora ajuda o interno. Quando o inferno parece estar dentro de nós, olhar para o lado soa inútil. Contraditoriamente é ao lado que encontramos o remédio. Ele não cura mas nos faz perceber que estamos todos na mesma situação e que o inferno, na verdade, já é o mundo.
( só para constar, acabei de furar o septo. )
Saturday, June 18, 2005
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4 comments:
eu amo essa foto que tá no template, mas não mais que o meu wallpaper.
gostei d+ do seu blog....sempre q eu puder eu passo aki pra te deixar um coment´s....
adorei te conhecer....ve c da proxima vez fala comigo no msn...ta bom.... ;)tchau, bjus......!!!!
anonimo naum sou eu a juliana....aki de santana...ve c vai lembra d mim...hein......!!!!
Olhar para os lados....as vezes é muito mais confortavel do que olhar pra dentro de sí...
Merda.
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