Preparo-me para esse ritual. Cigarro, silêncio e pausa. Desligo-me do mundo que me rodeia para entregar-me as palavras; aquelas que me salvam, mesmo quando não preciso de socorro.
Não há dor fazendo-me produzir. Há apenas uma incerteza seca que drena todo o meu sangue. O não do dia seguinte, o sim de daqui vinte e quatro horas.
Para esse mal do qual sofro não há cura. Ele segue o amor e não há escape. Quero fugir, mas minhas pernas estão amarradas a essa cadeira. O vento sopra forte, não há o que fazer. Sou um fenômeno da natureza; sem sujeito, não existem responsáveis por minhas ações.
Rendo-me as idéias, aos sonhos e a tudo mais.
Nada é preciso. O tempo uiva.
Sunday, September 04, 2005
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3 comments:
Natie, querida...
seus textos estão lindos! Você tem mesmo afinidade com as palavras..
sinto saudades
non tenho tid muito tempo pra internet =[
espero que esteja bem, querida :]
bjos bjos
Seus textos sao ótimos, moça.
Só deixando um comment =p
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