E agora que a minha empregada se foi eu posso finalmente acender um cigarro. Ohh não, que decepção o meu maço está vazio a não ser por um último Lucky que ainda sobrevivi ali dentro, lindo, tostado e cheio de câncer para mim. Aceso ele começa a queimar e isso é tão triste. Último cigarro, último cigarrro, por favor não me deixe último cigarro. E eu preciso de mais cigarros para poder ficar um pouco mais viva, mesmo estando ingerindo uma quantidade grande de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono.

E uma ligação é feito, e o cigarro acaba e eu não vou sair hoje à noite. Não vou sair nenhuma dessas noites até domingo quando irei chorar e morrer e achar o mundo injusto. As aulas voltando. Mais um ano naquele antro de imbecilidade, odeio a minha sala, odeio as outras salas, odeio sempre deixar para a última hora o negócio de mudar de colégio e no final, sempre continuar no Stella. Provavelmente seja alguma espécia de carma, minha sina, minha destruição. Todos querem me matar lá dentro, esse ano eles conseguirão? Siga os próximos capítulos dessa minha novela mexicana. Sim, eu vejo novelas mexicanas e hoje ao acordar a primeira coisa que me veio a cabeça foi ligar a TV e me deliciar com a maravilhosa saga de Paola Bracho, que na verdade é Paulina, mas na pele de Paola. Ohh, ohhh, todos deveriam assistir novelas mexicanas. Deixo aqui o meu apelo.

Outro dia no computador. Meu vício voltou e eu passo horas e mais horas na frente dele conversando com um milhão de pessoas, lendo um milhão de blogs e brincando em um milhão de comunidades do Orkut.

Outro cigarro foi achado. OHH DEUS-TODO-PODEROSO eu agradeço a vc essa dávida concebida. Então fiquem vcs, meus amigos que coçam o saco na internet, com mais um post inútil enquanto eu fumo o meu cigarro querido e sopro todo o meu câncer na cara de quem vier falar que o ministério da saúde adverte blá blá blá.