Tuesday, February 22, 2005

Nada sério

Me embala nos seus braços e zela o meu sono. Me tira daqui jurando as mais puras inteções e me leva para o inferno. Crava o seu nome no meu corpo com essa faca que você corta o pão, deixa na minha boca o seu sangue e eu vou poder acreditar que tudo é real. Embala a minha vida nos acordes da tua, e se qualquer coisa sair errada pode colocar toda a culpa em mim. Quando você acordar triste a noite grita e eu vou aparecer ao seu lado. Se o seu coração for machucado eu te dou o meu. Se a sua alma for roubada eu te empresto a minha. E você? só fica ao meu lado. Vijia a porta do meu quarto, olha embaixo da minha cama, não deixa ninguém me atacar. Deixa eu chorar no seu ombro e fala que não é nada sério, que tudo vai passar. Conta das suas fraquezas, das lágrimas que molharam o teu travesseiro.
Não é nada sério.
Ri comigo das pessoas idiotas que encaram tudo como se a vida valhesse pena. Ri das pessoas que tem medo da morte. Tenta entender o mundo e todas as coisas todas as coisas bizarras que nos cercam. A minha maquiagem saiu, o meu salto alto tá ali do lado. Não tenho mais nada, você me desarmou. Por isso fica, não vai embora que isso vai durar para sempre. As estrelas vão ter inveja do nosso brilho e o resto do mundo vai querer ter o que a gente tem. Coitados, aqueles que não sabem amar e ficam procurando alguém que caiba nos seus sonhos. Que ficam esperando alguém que os ame, esquecendo que corações de pedra não sentem nada, que sangue frio não ferve nunca. Para eles é tão importante, para agente é só uma invenção perfeita.

Não é nada sério. Não importa mais. Quem quiser que fique. Quem não quiser, já vai tarde.

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