Wednesday, February 02, 2005

Stella, barbies e kens

Segundo dia de aula e não, as minhas preces não foram atendidas. O Stella não pegou fogo e muito menos uma pessoa com a qual eu consiga manter um diálogo entrou na minha sala estúpida. Dizem que eu sou chata, que ninguém é bom para mim e que eu me julgo superior, mas eu queria ver eles estudando naquele antro de imbecilidade, com certeza não sobreviveriam. E eu também não vou sobreviver a esse ano. Não, com certeza não.

E a minha vida em geral é uma merda. O colégio ridículo, as pessoas ridículas, os cigarros ridículos e essa falta de algo para escrever ridícula. Não consegui parar com essa palhaçada de escrever ainda, provavelmente não vou conseguir nunca. A minha cabeça é cheia, uma enorme bagunça constante que ninguém nunca vai conseguir arrumar. Na verdade eu até arrumo de vez em quando, deixo tudo no lugar, desviro os cinzeiros e jogo fora os maços de cigarro vazios. Mas a porta fica sempre aberta, escancarada para qualquer imbecil entrar e jogar tudo no chão e ir embora depois. Como a Clarah disse, deve ser alguma espécia de carma. E certamente é.

Preciso de férias. Férias de verdade, que não acabem nunca. O estrago que tudo isso faz a minha cabeça é enorme, todos os planos de matar todo mundo despertam o meu eu psicopata e no fim eu vou estrangular e matar todos. Por favor não me culpem quando isso acontecer, a culpa não vai ser minha. Ela nunca é. É mais fácil assim, e bem mais simples também.

Não agüento mais olhar para as bonecas de plástico, com olhos pintados, cabelos arrumados e um coração gelado e morto. Não agüento mais ouvir as falas decoradas. Não agüento mais a vida linda e simples que ela levam, com os seus respectivos namorados, trepando sempre do mesmo jeito e dizendo que os amam. Elas não amam, elas não tem coração, elas nunca sofreram na vida.

Eu odeio todas elas.
Eu queria ser igual a elas.

1 comment:

Miro said...

porra, não queira ser igual à elas. eu não voute amar mais se isso acontecer. que merda.

eu acho que eu nunca vou parar com essa mania infame de escrever, e nem de fumar. saco.

amo-te enquanto você não vira barbie.