Wednesday, March 16, 2005

R.I.P

Foram abertas as portas do improvável, do impossível, do escroto, da parte bizarra de cada pessoa. Todos decidiram se mostrar, corpo e alma expostos para o resto do mundo apontar e fazer piada.
Ninguém conhece o assasino da minha alma. Ele foi embora quando os limites foram concebidos e a sua casa demolida pelo bom senso. Saiu correndo, sem jamais olhar para trás.
Minha alma morta.
Foi amor, foi ódio, foi coragem e desespero.
Aquela princesa perfeita sempre encarando o meu lado esdrúxulo.
Aqueles sorrisos brancos, olhares brilhantes me dizendo através das entrelinhas que seria para sempre o pior de tudo.
Não era para ser assim, mas foi.
Não era para vagar pelo mundo com os olhos opacos fitando o infinito.
Mundo perfeito destruido, sorriso intacto e olhos cheios de lágrimas.
Te matei por amor.
Amor e obsessão.
Agora ninguém mais se importa, você já está morta mesmo.
Morta.
Morta.
Foi a morte que te encurralou.
Menininha querida da mamãe que nunca olha por onde anda, foi assasinada pelas costas. Mas não morreu.
Continua.
Continuo.
Agora é só esperar um pouco a vida voltar a funcionar.

N.

3 comments:

Anonymous said...

as entrelinhas sempre escondem a verdade assutadora.

beijos, com amor.

Anonymous said...

não faço charme, só espero demais... vc é especial e por mais que nao goste eu acho que entendo muito do q vc passa

Anonymous said...

quando vc mata uma coisa, infelismente ela pode continaur viva.
De uma maneira nova e bizarra. Como barats mortas..vc esmaga...e dali u mtmep oela ressurge...torta....louca...manca.
Vc sabe q ela naum é mais uma barata normal..é uma coisa esmagada andando.
E assim é. Com as lembranças, pessoas, e cosias q matamos.