Friday, March 18, 2005

You love the song but not the singer

Uma pesquisa para o filme da Clarah.
Uma prova fatídica de matemática.
Uma Míris que não quer mais falar comigo.

Quando é que as coisas boas começaram a ficar tão raras?

Nada nunca foi fácil, mas de uns tempos para cá os dias começaram a se arrastar e a felicidade a se extinguir. É uma doença que se alastra com o tempo, antes era só a minha cabeça, agora o mundo todo, a vida toda ficou muito mais difícil.
Fiquei mais fraca? Pode ser.
Fiquei mais covarde? Com certeza.
Continuei igual? Completamente.
De saco cheio do mundo e das pessoas, de mim e de você. Principalmente de mim.
Quando o fogo era fraco e a chuva agradável. Dias iguais, noites iguais.
Agora o fogo queima e a chuva arde. Dias iguais, noites iguais.
Os meus olhos sempre mentiram para mim, ocultando cada defeito e inventando tantas qualidades. Idiotas, imbecis! Quando uma mentira começa ela tem que ir até o fim. Mas a minha não foi. Devo ter me cansado, minha imaginação deve ter se cansado. Tudo ficou cru.
Preto e branco. E eu sei que isso anda presente demais em tudo que eu escrevo ou falo, mas a minha vida sem cores não poderia estar de outro jeito. Não poderia ter ficado pior.
Não é culpa de ninguém a minha tristeza. Nunca mais chorei pelos outros. Egoista? Sim, uma egoistazinha de merda.
Ao menos o meu som voltou. Finalmente posso camuflar o meu silêncio interno.
A Míris não voltou. Será que ela também se enjoou das minhas babaquices? Bem, espero que não.

N.

1 comment:

Anonymous said...

O quanto nós criamos...ale´m das palavras...quero dizer..o quanto agente fica inventando bem sem noçao....as coisas...tudo..as pessoas..?

O quanto de verdade tem na realiade?

E o quantode realidade tem nas verdades que criamos ?