Thursday, May 11, 2006

Solidão.



" Me permitirias te sentir a língua
Essa peça que alisa nossas nucas
E fere rubra
Nossas humanas delicadas espessuras?"


Sentada sobre o parapeito da janela ela pensava em como aquela necessidade a fazia mal. Ele havia sumido. Não atendia o telefone, não respondia as mensagens.
Seu grito ficara sem resposta.
Ela quer alguém agora. Não pode pensar em ficar sozinha de novo. Todas aquelas lembranças ainda doem em seu peito.
Uma sinfonia toca no rádio enquanto ela chora.
Chora por terminar assim um amor em que ela havia acreditado tanto. Era preciso ser apática, mas tudo que ela conseguia era chorar cada vez mais.
Queria-o dentro dela. Ao seu lado. Nos seus braços.
Precisava dele para continuar a respirar. Não podia terminar assim sua história inventada.

3 comments:

stê van sebroeck said...

"história inventada"...
naty é linda e inteligente, não vai ficar sozinha por muito tempo. mesmo conhecendo quase nada, acredito muito nisso.

Anonymous said...

adorei o texto ^^
sabe, me identifiquei bastante =\
a gente sempre acredita no amor,
lamentável erro que quase todos cometem.

Anonymous said...

Não gosto de comentários na verdade. Porque é como se nunca vc fosse acreditar em mim ou em quem escreve.

Mas issu é um pequeno fragmento de algo tão maior, que as palavras ficam espremidas.Você sempre sabe extrair sangue. Lindo naty.