Sunday, September 25, 2005

Sem título 6

Escrevo você em folhas sujas de papéis em branco. Ao meu lado sinto- como se unânime e insólita- a presença dos seus olhos que me observam definhar. Fecha-os agora, meu sangue corre de minhas veias para as suas. Nega-o!

Estive sozinha por tanto tempo. Jogava verdades para todos os lugares e alcançava minhas próprias feridas. Ardem por todo o meu corpo cicatrizes que ainda me enchem os olhos de lágrimas quando tocadas. Ainda me dói a sua ausência que suponho com as esperanças de dias melhores.

Sinto-me a pior de todas as mulheres. Bastei-me de outras felicidades quando entreguei-me a você. E agora- meu Deus!- nada me faz sorrir; espero por você.

Não tem rosto, o meu amor não tem nome. Perco-me e acho-me em momentos diferentes e no vão das horas que não terminam, apenas levito.

[ Existo. ]

3 comments:

Anonymous said...

parabéns! me identifico muito com seus textos. não conheço sua história mas conheço sua dor e você diz exatamente o que eu gostaria de dizer.

Natália Pinheiro: said...

Mi?
Quem é?
Identifique-se!
Adoraria conversar com pessoas que sentem a mesma dor que eu.

Anonymous said...

meu nome é mileni. acho que descobri seu blog meio por acaso mas já faz um tempinho. meu e-mail é mileni@centroin.com.br. escreva-me quando quiser.